Relatos de uma dúvida
A mesma vírgula que separa os momentos
É aquela que precede o fim, aparado pelo ponto final.
Incertezas que punem o coração fragilizado pela dor
Que deturpam os pensamentos impregnados no passado.
A volta dos ponteiros do relógio que fecham um ciclo
E inicia um novo, com um mesmo sentido.
A mesma velocidade, a mesma proporção, a mesma razão
Ponto de vista do mundo de quem precisa se esconder.
Abrir os olhos ao amanhecer, é enxergar novas rotas
Sem planos que indiquem limites ou distâncias.
É pisar sobre as folhas do outono para recordar a vinda do inverno
Saber que a lua sairá para a chegada do sol ao amanhecer.
Ter a certeza que a correnteza passará todos os dias
Carregando as velhas sementes para um novo começo
Misturando o ontem, o hoje e o amanha em diversos planos
Sem mudar a essência da natureza, fruto do poder divino
Enquanto houverem caminhos para serem trilhados, existirão novidades
A coragem para enfrentar terras inóspitas é uma opção invejada
O sucesso é glorioso, quando alcançamos o fim almejado;
Mas, o trajeto deixa marcas e cada passo é uma vitória.
Desistir é uma opção, para quem fecha os olhos temendo o improvável.
A vida cria opções, os sonhos despertam a vontade, mas a decisão é única
Decidir entre viver e esconder, é lutar contra a indecisão de forma viril
Apenas uma resposta nos encaminhará, então: qual será?