FLOR da IDADE

Faço cara de feliz,

ainda sou assim.

Vivo entre as cores, letras e sinto tristezas muitas.

Sofro como a Terra que é meu corpo nessa imensidão do Universo.

O maior desgosto?

Ver meus rios e ruas entupidos de lixo, vazios de consciência.

Quando sorrio, o sorriso amarelado, é porque passo com minha dor num alforje estrelado, espelhado, que carrego a tiracolo.

Sei tão pouco do Existir!

Criança ainda, aprendo que o que ouço e digo é pura invenção e que não há pecado nem passado, só o Aqui e o Agora.

E acredito em todos e quase tudo!

Faço cara de feliz, ainda sou assim.

Quem nasce em espinhoso ninho, sacode-se muito cedo.

Ambições? quase nada.... o que deveras quero é continuar descalça e nua ao Sol e na Chuva e que a mesma não seja ácida.

Maior sonho? Entornar meu pote de Amor pelos caminhos e sorrir em Paz!

Arana do cerrado
Enviado por Arana do cerrado em 21/06/2015
Reeditado em 21/06/2015
Código do texto: T5284536
Classificação de conteúdo: seguro