FLOR da IDADE
Faço cara de feliz,
ainda sou assim.
Vivo entre as cores, letras e sinto tristezas muitas.
Sofro como a Terra que é meu corpo nessa imensidão do Universo.
O maior desgosto?
Ver meus rios e ruas entupidos de lixo, vazios de consciência.
Quando sorrio, o sorriso amarelado, é porque passo com minha dor num alforje estrelado, espelhado, que carrego a tiracolo.
Sei tão pouco do Existir!
Criança ainda, aprendo que o que ouço e digo é pura invenção e que não há pecado nem passado, só o Aqui e o Agora.
E acredito em todos e quase tudo!
Faço cara de feliz, ainda sou assim.
Quem nasce em espinhoso ninho, sacode-se muito cedo.
Ambições? quase nada.... o que deveras quero é continuar descalça e nua ao Sol e na Chuva e que a mesma não seja ácida.
Maior sonho? Entornar meu pote de Amor pelos caminhos e sorrir em Paz!