Foto: Feitosa dos Santos
Nada será, quando nada foi
 
“Nada do que foi será”.
A vida é constituída de fases,
Cada fase tem o seu tempo
E cada tempo o seu espaço.
 
“Nada do que foi será”.
Nesse espaço de tempo,
Não podemos negar o que somos,
Nem podemos subverter a que viemos,
A missão de cada indivíduo é única,
Não se pode deixar esvair,
Por entre as fases, o espaço e o tempo.
 
“Nada do que foi será”.
Se a fase acaba e o espaço muda,
O tempo corre solto, não gruda.
 
“Nada do que foi será”.
Quando a sinfonia ouvida,
Não para de ecoar pelos tímpanos,
De quem por infelicidade a ouviu,
Mas não absorveu via retinas,
Sonoridade, suave, fina,
Na compreensão do seu “eu”.
 
“Nada do que foi será”.
Se a expressão não abstrair o fato,
Se o gesto não demonstra o ato,
Se os lábios revelam a mente.
 
“Nada do que foi será”.
Quando se torna descrente,
A gente, deixa os olhos a lagrimar,
E as pérolas face abaixo vão rolando,
Porque “nada do foi será”.
 
Rio, 14/01/2015
Feitosa dos Santos