FRAÇÕES DE SONHOS
Juliana valis
Tantas frações de sonhos cabem, sim, em nós,
Na desproporção abstrata do que um dia fomos,
Tudo se esvai como torrentes de um coração veloz,
Incapaz de ser além do que não somos...
Tantas frações de angústias sempre tão humanas,
Sempre tão libertas e nunca mesmo ilesas
Às intempéries sós das emoções em chamas,
Em nós, resquícios das ilusões coesas...
Ah, quem nos dera se a alma já tivesse escudo
Às brutalidades em síncopes sós do mundo,
Talvez a dor se esvaísse nesse grito mudo,
Aflito êxtase de um amor profundo !
Mas o que dizer dos corações incautos ?
Funções atônitas de uma breve vida,
E, paradoxalmente, leve, nesses sobressaltos
Da euforia efêmera que na paixão incida ?
Conclusões já não se vendem como antigamente,
Na forma de sentidos às ilusões do tempo,
E saberemos ver, além do véu contente,
Que mascara o céu na luz do sentimento ?
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Juliana valis
Tantas frações de sonhos cabem, sim, em nós,
Na desproporção abstrata do que um dia fomos,
Tudo se esvai como torrentes de um coração veloz,
Incapaz de ser além do que não somos...
Tantas frações de angústias sempre tão humanas,
Sempre tão libertas e nunca mesmo ilesas
Às intempéries sós das emoções em chamas,
Em nós, resquícios das ilusões coesas...
Ah, quem nos dera se a alma já tivesse escudo
Às brutalidades em síncopes sós do mundo,
Talvez a dor se esvaísse nesse grito mudo,
Aflito êxtase de um amor profundo !
Mas o que dizer dos corações incautos ?
Funções atônitas de uma breve vida,
E, paradoxalmente, leve, nesses sobressaltos
Da euforia efêmera que na paixão incida ?
Conclusões já não se vendem como antigamente,
Na forma de sentidos às ilusões do tempo,
E saberemos ver, além do véu contente,
Que mascara o céu na luz do sentimento ?
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