Quadrado Mágico
 
 
Quatro quartos quadrados; quatorze
Caminhos, caminhados,  contados; compondo;
Sofejando; soprando; soletrando com pose
De quem não pensa que comete crime hediondo...
 
Se faço quatro ou três controversos versos
É porque o tempo que passo pensando
Não me faz ficar feliz com os meus perversos
Argumentos; intensos; deslocados do que mando...
 
Qando invento palavras,  raciocínios frásicos;
Rasgo a retina para não a manchar  de serpentina
De mil cores;  louvores ao meu ego antropofágico
Que, no quarto quadrado, emoldura minha sina!
 
Ah! se eu fosse rever onde fiquei preso no quadrado
Mágico; louco quadro de mil cores contrárias à lógica!
Como a vida sufoca o ser sem dizer o porquê e de que lado
Caminhar sem ferir; sem dizimar minha parte ideológica!
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 20/11/2014
Reeditado em 24/06/2015
Código do texto: T5042699
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