Para não perder o jeito

Calçadas e inverno,

afins e pormenores,

poesias e poetas nos bancos, ao vento...

Transeuntes e traslados,

circunferências e gotejar,

pelos que te pedem paz.

Muito inferno.

Pouca gente.

Tanta vida.

Pouco céu.

Calçadas e calor,

epiderme enfurecida e sedenta,

teus cabelos e minhas mãos

e um amor confuso, para não perder o jeito.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 19/11/2014
Código do texto: T5041122
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