Nós

Era poema escrito em pedra

Era por de sol que se escondeu na serra

Era ruído que desapareceu com o som

Haviam eras muito mais sinceras

Havia paz entre tantas guerras

Havia um muro separando a solidão

O minuto que antecede o esquisito

O barulho que agita esse menino

A tentação de tanto querer te ver

Enquanto vivemos

Enquanto morremos

Dia-a-dia, guerra fria

De nós mesmos

Quem sabe o vento não traga respostas?

Quem sabe o amor não bate na porta?

Quem sabe o olhar não aqueça o coração?

Tantos minutos se foram desde a conferida

Tantos horas passaram desde a última partida

Tantos dias desde o dia em que nós fomos (nossos)

A sombra reflete a luz que invade

A água remove toda adversidade

Cada gota de chuva sobre eu e você

Enquanto vivemos

Enquanto morremos

Dia-a-dia, guerra fria

De nós mesmos.