No infinito do teu mar...
"Navegar é preciso...
Tendo ou não alma de navegante.
Querer enxergar as belezas das águas
que existem... Basta ser!
Querer se envolver, ser envolvido.
Com leveza, sem leveza;
com entender, sem entender;
com sentido ou sem sentido.
Instintivamente, e até com a mente...
Com mistério, sem mistério...
Amar!
Nós, seres infinitos,
com infinitas grandezas
de nossa natureza...
Qual o desejo azul do poeta,
que, ao acordar, sonha...
Com as águas da sereia...
Mergulhar no profundo do ser,
e destas beber, até não saciar...
Percorrer as águas de viver
- que mudam, renovam,
a sermos quem somos... -,
No infinito desse mar!
Viajar, conquistar, reconquistar...
Hoje, agora, dia a dia...
Ao nascer nova luz, a que venceu o breu.
Perceber, captar as nuances infinitas,
as desconhecidas, com o que já se conheceu.
Andar de mãos dadas com a Poesia...
A vivida, a esperada, a amada.
Encantar-se, envolver-se,
emaranhar-se nos emaranhados
dos caminhos percorridos,
Os ignorados e os sonhados,
trazendo à tona a luz do renovo,
e, de novo, recomeçar..."
(Valéria Milanês - "No infinito do teu mar")