Olhares do amor.
Meu olhar, procura muitas vezes
o quê não ver,
procura aquilo
que aqui não estar,
mais fundo quer penetrar,
tão raso você não quer perceber,
tão curto você não me deixa ir além,
tão ínfimo me sinto quando não
olho mais do quê posso olhar
tão limitado me fazes acreditar,
que não posso ir mais um passo
enquanto sinto,
dentro em mim, lá dentro
no silêncio, peito a estremecer,
um tilintar, ritmado,
harmonioso, compassado,
galopante, me faz fluir,
o tempo todo,
ideias, e sentimentos de paz,
que me compunge e deleta
a todo me refaz,
repensar, o sentido de viver,
nesse mundo de dor,
já dizia Schopenhauer, tudo é só dor,
mais como pode?
Si eu sinto desde já o frescor,
dessa pequena palavra
chamada amor.