Foto: Paulo Lima - Cavaleiro Hospitalário

Deuses da escrita, ajudai-me!


Sinto-me estranho,
Quase um solitário cavaleiro,
Tantos Assuntos
E tão poucas palavras!
A mente em turbulência
E a pena recostada.
Parece cansada,
Abstraindo meu poder de ação
E furtando-me a inspiração.
É um vazio
Quase uma ausência,
Minha alma insone
Pede clemência
Aos deuses da escrita.
Onde estás
Oh suave rebeldia?
Onde estás
Que a tempos me falta?
Como penetrar
Em infernos abissais,
Quando tua ausência me subtrai
Até as menores sílabas?
Sinto-me vazio
Como um cavaleiro solitário.
Um vazio poético, talvez.
Uma nova fase, quem sabe
Esteja, com vigor,
Em pura gestação.
Então querida Dulcinéia,
Rebenta,
Rebenta logo o novo.
Liberta teu fruto
E coloca-o em ação!