Veneno
Ele tem uma amargura e não entrega pra ninguém, bebe do seu próprio veneno secreto , veneno que muda a cor dos seus olhos, muda sua feição, deixa pequeno seu pobre coração, tudo que era importante, hoje é desnecessário, seus amores eternos se transformaram em ventos passageiros, as promessas foram quebradas, e todas as suas palavras desperdiçadas, e ele? Segue só... Só! Uma palavra que o tempo sussurra em seus ouvidos e entrega em suas mãos, como a pior das maldições, é sal na ferida, e nesse jogo de cartas marcadas, sem aplausos ou palco, tudo vai correndo e o remoendo, e ele segue, como se segue em um dia qualquer, como uma tarde qualquer, como uma vida qualquer.