OLHOS FAMINTOS
...Tem gente que destrói a gente
De dentro para fora
Destruindo profundamente
Num destruir que demora
Vem devorando a alegria
E a crença na felicidade
Assim consome toda a magia
Que vinha da sobriedade
Devora o encanto
Com ele o brilho do olhar
Calando assim o canto
E a vontade de falar
Devora o desejo de estar
E a ânsia pelo toque
E toda vontade de continuar
Que havia no estoque
Devora a necessidade de ficar
E a razão para sorrir
Devora o sonho de alcançar
E o de evoluir
Assim devora lentamente
Todas as ilusões e a inocência
Deixando um vazio latente
Que beira a demência...