Filho da arte vadia.

Das artes sempre soube que era filho

Um filho mimado, preguiçoso e tímido

Mamei e fui acalentado por várias delas

Porém uma sempre me sorria mais que todas

Eu criança me divertia, me sujava

E ela ria e de toda minha bagunça achava graça

Acho que antes de nascer ela me queria

Sou filho da mais largada, da mais vadia

Não vai ter fan club na saída do palco

Nem aplausos no final

Da peça, sessão ou da apresentação

Nem levantarei cidades que rimem com lichia

Trabalho foi me trancando me fazendo solitário

As vezes visto o palito e saio pra sorrir

Por vezes confesso, tive que mentir

Ansioso pra voltar para minhas tintas, pincéis e trapos.

Max Olivete
Enviado por Max Olivete em 21/01/2014
Código do texto: T4658579
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.