Pequena formiga

Era uma vez

Uma pequena formiga perdida no meio da serra

Não sabia o que houvera

Mas todo o seu mundo se tornara num abismo de malvadez

Ela caminhava passo a passo

firme no seu traço

Levando nas suas costas

O peso deste e de outro mundo

Levando consigo o encargo do futuro imundo

Marchava e marchava

Alguns diriam mesmo que navegava

Não sabia o que carregava

Não sabia para onde viajava

Toc! toc! toc! faziam as suas pequenas pernas

O ritmo da jornada que a acompanhava

Poc! Poc! Poc! ouvia-se o chapinhar nas bermas

O acompanhamento da melodia que a transitava

Era uma vez

Uma pequena formiga que decidida se aventurava na guerra

Não entendia o que a seu redor acontecia

O importante era levar a sua porção à familia que acolhia

O importante era continuar o seu ciclo nesta curta vida em que dormia

Somos nós formigas que tentam sobreviver num rumo pré traçado de subsistência aos que nos rodeiam?

Não sei... Sei que continuarei a fazer uma simples coisa independentemente dos que me odeiam

Toc!Toc!Toc! farão os meus dedos enquanto alma em mim houver

Enquanto música no meu sangue correr

Poc!Poc!Poc! enquanto o corpo me permitir dançar

E da noite fria e ao mesmo tempo aconchegante deixar!.

Mafalda Sanches
Enviado por Mafalda Sanches em 26/09/2013
Código do texto: T4499016
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