Memorias

Ela tem um ferro de passar

Enferrujado, que nunca usou,

Volta e meia visita suas lembranças

Mesmo aquelas, que nunca sonhou.

Usa lagrimas que não tem

E sorrisos que não conhece,

Que poderia fazer brotar vida

Ao invés de se perder no vazio do corpo.

Mundo estranho esse, não?

Aonde pessoas querem certezas

E usam desejos com certo rancor.

Memorias quentes, de um mundo frio,

Com palavras soltas que não amarram um sentimento

Mesmo aquele quase impossível, que acontece com certos olhares,

Que costumamos gentilmente chamar de amor.