Sobre confusão e falta de céus
O imaginável aconteceu
O átomo dividiu
O infinito se conteu,
O labirinto sou eu.
Não pelas culpas, falhas
Ou pela tentação
Dessa mão fraca,
E a navalha;
Ou pela paixão
Maquinal, animal, doente
Desse coração.
Não.
É ante à falta
de controle, de medo
Que a areia como o tempo
Se esvai pelo vão dos meus dedos
O medo, que rasga minhas veias
E como sinto!
Andando em círculos
No labirinto.
E pereço,
Como esse outono careceu
Daqueles céus soberanos
Que outrora cometi o engano
De pensar que fossem meus.