Porque não parecia

Então, eu fui o erro e não a maneira errada de amar, de tentar, de ficar.

Nada mais a dizer que me favoreça em algum instante de misericórdia.

Fui o que nada levou, nada trouxe, apenas passou e foi descartado.

Página virada, folha arrancada, parte nenhuma de qualquer contexto.

Fui aquele tolo sob o cabresto, guiado ao escuro por palavras macias.

E na aspereza da verdade, o que me contradisse já não era falado.

Então, eu fui o acerto, o acertado, o mais fácil de ser ferido, o alvo.

Fiquei na mira de conveniências que iam e vinham, mas eu nada via.

Eu não cabia, mas insistia e imaginava que nada era assim tão errado...

SINUHE
Enviado por SINUHE em 19/03/2013
Reeditado em 16/04/2013
Código do texto: T4197845
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