Chuva
Como eu esperei a chuva!
Esperei-a como esperei você.
Lendo os poemas de camões,
Cheio de grandes intenções,
Algumas boas outras más,
Mas nenhuma que possa lhe machucar.
Espero-te até que toco-lhe o dorso,
E lhe arrepio como a brisa fria,
Que lhe trás um leve conforto,
Mas não aparece todos os dias.
No outro dia a espera regressa,
Como quem acredita na chuva,
Sabendo que ela sempre irá embora,
Mas ao menos lhe trará prazer ao tocar sua nuca.