Me consome
Me consome;
Depois nada;
E a epiderme pálida assume;
Preciso do que me consome;
Que some em meio a rotina;
Mas, surge com o silêncio;
Com o vento no caminho,
Com a chuva rara no meu sertão;
Com os meus dedos no violão;
Com os encontros e cantos;
Me consome;
Até romper de vez a epiderme pálida;
E ser somente o que me consome: Eu.