Dor e Amor
Duas palavras tão distintas
e ao mesmo tempo tão próximas
se as duas fossem extintas
não saberiam como pessoas por elas se aproxima.
Uma só de ler
nem precisa o desastre ver
que a notícia te destrói
por dentro te corrói
quase o leva a loucura
é só maldade pura
seu nome, dor.
Ao outra ao decifrá-la
já nos faz amá-la
é pura mansuetude
faz o velho voltar a juventude
no peito sobe o calor
frente aos olhos só vislumbra flor
seu nome, amor.
Quantas amizades as duas já não conseguiu
junto a um jazigo duas pessoas querem se confortar
não se conhecem, mas conheciam o que partiu
e elas trataram de uma amizade entrelaçar.
Há quantas vezes senti no peito calor
que aos poucos se transformava em amargura
era a saudade de um grande amor
para mim, pois para ela foi apenas uma aventura.
Depois que a saudade passava ficava o furor
e a melancolia que me deixava até exausto
chegava então no peito a danada da dor
me deixando ali melancólico e exausto.
Mas as vezes as duas atuavam juntinhas
primeiro chegava a saudade trazendo a dor
mas a outra que é mais espertinha
espantava a saudade te trazendo e dizendo, eu sou o amor.
E para selar a conciliação
fingia não sentir a dor
quando a saudade batia no coração
deixando livre a entrada do amor.