Solidão e poesia
Quando fiquei só
O vento assobiou mais alto
Deu para ouvir o canto dos pássaros
As horas correram mais rápidas
Às noites brindaram-me com suas fábulas
Quando estive só
A mente viajou pelo inconseqüente
Buscando idéias perdidas
tornadas vigentes
E como uma companheira
a solidão sorriu-me afável
Ciente, paciente, cúmplice, amável
Enquanto estava só
Meus males viraram boas aventuras
Minhas inquietações viajaram para lua
E em seu lugar ficou a paz dos sós
Dos que optam por si
Dos que se acompanham de seus pensamentos
Na expectativa de há qualquer momento
Vissem o espectro de uma fantasia
Ao ficar sozinho
Eu estava comigo
Alguém a quem nem sempre trato
Como um amigo,
mas que compreende suas frustrações
Só
Fui refazendo os meus passos do dia
As falhas e acertos e o que poderia
E a consciência guia das minhas ações
E refinando o ajuste dessa sintonia
Fiz mais uma poesia