O bêbado
Mudo, trôpego, solitário
Passa as tardes sonolentas
Em mesas lascadas
Dos bares fétidos da imaginação.
Lembra de mulheres que nunca amou
Ama outras que nunca viu
Fala sozinho
À espera de respostas que nunca chegam.
Vazio, sem sentido, sem razão.
Questiona a vida que sempre teve.
Imagina outras que nunca terá.
Ri com a boca murcha de dentes e de alegria.
Mais um trago, mais uma garrafa.
A garganta queima, a alma não.
Assim o tempo passa.
Assim se anestesia do mundo.
Na lucidez a morte não chega.
Na bebedeira,
Chega um pouquinho todos os dias.
Mudo, trôpego, solitário
Passa as tardes sonolentas
Em mesas lascadas
Dos bares fétidos da imaginação.
Lembra de mulheres que nunca amou
Ama outras que nunca viu
Fala sozinho
À espera de respostas que nunca chegam.
Vazio, sem sentido, sem razão.
Questiona a vida que sempre teve.
Imagina outras que nunca terá.
Ri com a boca murcha de dentes e de alegria.
Mais um trago, mais uma garrafa.
A garganta queima, a alma não.
Assim o tempo passa.
Assim se anestesia do mundo.
Na lucidez a morte não chega.
Na bebedeira,
Chega um pouquinho todos os dias.