Sempre
Sempre estive com poucos,
Não que eu fosse pouca coisa
Sempre entive por muitos
E poucos por mim
Sempre estive sem voz
Como um mimico de circo
Sempre estive por vergonhas
Como uma criança sofrida por brincadeiras
Sempre fui muito só
Como um escritor solitário
Sempre um um fio
Como andar na corda bamba
Sempre fui muito pouco de mim
Sempre tive que correr pra não perder
Sempre me vi um lado de discussão
Sempre não busquei minhas vontades
O sempre foi muito tempo pra sempre
O sempre foi muito tempo frequente
O agora precisa aparecer mais
Pra mim ser sempre quem busco ser.