Indiferença

A vida anda difícil.

As pessoas se fazem tristes.

E eu me enxergo só.

Felicidade? Que bicho é esse?

A dor me cega de uma maneira acolhedora.

Se eu gosto de ser assim? (risos)

Não, não .Mas a escuridão que me toma a alma e o coração

Me impedem de ser diferente.

Acordar e olhar pro teto e se ver flutuando,

Nada além de um nome vazio e um sobrenome sem valor.

Eu me machuquei,

Vi o sangue colorir meu vestido branco e sorri.

Quem é essa estranha no espelho?

Com a pele marcada e um laço verde na cabeça.

Por um momento pensei que fosse eu,

Mas ela era vazia, parecia morta

Com o coração sangrando e um prazer intenso pela dor que lhe corroía ingênua alma.

Ela não era feliz, era fria como gelo, intensa feito o fogo.

Eu não podia ser aquilo, eu tenho alguém pra amar, eu tenho sonhos! Mas acontece que algo está mudando, algo está morrendo.

No espelho à vejo.

As lágrimas tomando-lhe os olhos,

Sinto tocar meus lábios.

Daniele Cunha
Enviado por Daniele Cunha em 22/11/2012
Código do texto: T3999289
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