assim sendo
Cubro-te em minhas curvas,
E não há em mim calor necessário e tão amplo que te refugie,
Carece então do pomar inteiro,
Do mar intenso,
Do lar duradouro,
Assim;
Dou-te então minhas chuvas,
E minhas nuvens esticam-se para resolvê-lo pleno a quase dissiparem-se,
Necessito metros de desvelo, que suportem por completo,
Teu fruto proibido,
Tua fonte de águas ardentes,
Tua porta de entrada e cama quente,
Assim;
Contorno-te entre hálitos e suspiros, pois, sou o vento do tempo que circunda,
Posso saber de ti a todo o momento, mas não há ocasião suficiente para te saber inteiro,
Mesmo estando absoluto no pensamento,
Não resumo em meu verbo um só momento,
Do sabor do teu sumo,
Os córregos transpirados,
E os recônditos após o beijo,
Assim;
Caminho em romaria e curvo-me e semeio-te, para enterrar-me inteiro e com gestos de apelo ou que for necessário, por horas e hectares,
Vou-me abrandado em vasto mundo vagar, veios e veias,
Encontro-te entre as paisagens,
Pelos sete mares,
À entrada de muitas casas em meus sonhos,
Assim;
Rogo-te estrela extrema de mil luzentes vagalumes os quais habitam minha lanterna,
Acalma-me o sono e rufa-me a bateria,
Amadurece-me os dias,
Para navegar tranquilo,
Por teu porto seguro.