viciados
De quem e o ar que respiro
De quem e a mulher que mais amo
Seria o ar apenas um castigo
E o amor somente um plano
Como e belo o nu vestido
Num pedaço velho de pano
De todos já e sabido
Que o amor e um sentimento insano
Cada vez que ganho a disputa
Perco as possibilidades
A saudade não seria tão bruta
Se a mentira contasse verdades
Na paciência de tantas buscas
No irreal da realidade
Às vezes o medo me assusta
Como rumo de uma longa viagem
Sou perpetuo aos meus olhos
Meu eu sabe, mas não acredita.
Por mais duro que seja o sólido
Desfaz-se pela eterna vida
Se tudo fosse tão obvio
Pois o obvio segue tudo a risca
As idéias seriam como a droga do ópio
Pros dependentes que se viciarão em vida