Nave Terra
Neste parque colorido e dolorido
Neste à parte de ser parque é redimido
Pelas mãos dos seus brincantes
Pelas mãos dos atuantes
Pelo mal lhe impingido
Parque-nave no universo
de solidão relativa
Porque quem fala é um disperso viajante distraído
privado de mais sentidos que determinasse o anverso
do formulado limitado e regressivamente contido
Conceito de entendimento que é comum à maioria
Paradigma que amarra o entender-se verossímil
Raramente se permite um furo pelo qual se esvairia
na exploração do novo
aonde a mente viajaria
E os vermes que reciclam seu produtos que dejetos
no limiar da exaustão vai danificando o parque
Afunilando-se ao desastre
E cada vez fica mais perto
de sua própria extinção
...E impassível ao seu destino
a nave terra navega
É possível a um seu conceito
numa dimensão que cega
continuar para sempre as mudanças de outras eras