Mensagem aos covardes
Não temo nada além dos covardes
Principalmente os que pretendem, arrogantes, dominar o amor
Esse que se supõem senhores da balança dos sentimentos
Pobres ocos!
Contentam-se em ministrar porções de ódio e inveja
No intuito de murchar o amor alheio
Vãs almas em busca de controle
Desapercebem a força da verdade, do altruísmo
Pretensos alquimistas!
Apenas aos amantes é dado o dom da sapiência
O amor não murcha se regado cotidianamente por um jardineiro dedicado
Não se pode matar o amor
Ele é o dono de sua própria existência
Assim como não se escolhe o amor
O amor o escolhe
Aprendam, covardes, com os poetas
Que transbordam amor por suas penas!
O amor é tudo e nada
É a finalidade da vida
Ousem amar
Ousem viver
Permitam-se à coragem!
Então verão o que vejo
O belo em meio ao feio
A vida após a morte
O sorriso no reflexo da lágrima
O prazer brotar da dor
O feixe solar entre as nuvens da tempestade
As asas da borboleta no corpo flácido da lagarta
A sensibilidade do mundo enfim!