ENIGMA
ENIGMA
Entre montanhas de desejo respiro-te
Inspiro-me na tua pele macia e sem rumo
Gnomos de vento invadem-me
Estou absorvida pelo nada
Respira-me em fragmentos de poesia
Esconde-se por trás da folha morta
E eu, fico em cima da coluna
Ensaiando um aparecer de estrela
O amor que trago aqui me invade devagar
Chega tão manso quanto a brisa da favela
Escorrendo os muros e as brechas
Adentrando o meu corpo por entre frestas...
Diga sim e eu te enquadro no porta-retrato
Pois no meu coração em segredo estás
Como fadas que cingiam a minha infância
Vem morar neste peito devagar
Depois de um sonho explicado
Fazer pernoite na minh’alma
Em doces sabores de pecado...
Decifra-me... devoro-te.
Julia Rocha 31-07-2012