Um pensamento novo
Com suas indiferenças,
ele veio, viu e venceu.
Com suas imparcialidades,
Ele partiu para a grande vitrine.
Com suas neuroses,
ele contaminou a todos.
O pensamento racionalista e cartesiano
arrastou multidões em seu caminho.
Quem dirá que não vale um tostão furado?
Quantos Jungs e Dalís irão viver e morrer
Quantos Fellinis e Blavatskys irão despontar e fenecer
até que ele seja sepultado?
Nunca, grita o ortodoxo do racional.
Já foi tarde, diz o enunciador do novo.
Quando terá lugar um alento para a humanidade?
Dentro das físicas quânticas e das virtualidades do mundo digital?
O fluxo de novos paradigmas já faz morada no pensamento
e esse fantasma não nos deixa de assombrar
O subjetivo e as entrelinhas quando terão vez?
Senão quando o homem cessar de acreditar que
seu lado esquerdo do cérebro sabe tudo e pode tudo responder.
Senão quando tiver, estupefato, visto que nada
do que tinha certeza era nada mais do que uma partícula
do todo que os místicos já clamavam há muito.