ELOQUÊNCIA
Quem dera o pensamento truncado
O coração bloqueado
O sentimento roubado.
Quem dera a consciência ceifada
A maledicência abortada
A realidade revogada.
Então,toda liberdade cedida
A bem de qualquer partida
A ter de volta, assentida.
Quem dera a mais grave urgência
De toda a real prevalência!
Não fosse só a falsa eloquência.
A vida sempre tão discursada
Nos fosse jamais aviltada.
Quem dera, a poesia cantada...
Pudesse entre tantos conflitos
Bater num justo veredicto!
Um verso de real otimismo.
Ou quiçá, um de inconformismo.
Quem dera...