Um dos porquês.
Eu queria escrever mais, porque escrever esvazia a alma.
Esvazia a alma dos medos e das vontades.
E porque as vezes tudo que eu queria era estar mais vazio dessas coisas.
E por então, escrevo, para que jorre no papel aquilo que inunda em minha cabeça,
que me aperta e me deixa sem espaço para respirar.
Eu jorro no papel para ter o direito de caminhar em mim.
Eu sangro, um sangue que quase me mata, que envenena por dentro
e que precisa sair. Ir embora de mim.
Eu escrevo, e escreverei, porque preciso viver, mais do que minha vida.
Escrevo porque preciso viver o que sou, e quem vive em mim.
Seja lá quais forem, ou aonde se esconderem: Sempre saem no papel.