Um dos porquês.

Eu queria escrever mais, porque escrever esvazia a alma.

Esvazia a alma dos medos e das vontades.

E porque as vezes tudo que eu queria era estar mais vazio dessas coisas.

E por então, escrevo, para que jorre no papel aquilo que inunda em minha cabeça,

que me aperta e me deixa sem espaço para respirar.

Eu jorro no papel para ter o direito de caminhar em mim.

Eu sangro, um sangue que quase me mata, que envenena por dentro

e que precisa sair. Ir embora de mim.

Eu escrevo, e escreverei, porque preciso viver, mais do que minha vida.

Escrevo porque preciso viver o que sou, e quem vive em mim.

Seja lá quais forem, ou aonde se esconderem: Sempre saem no papel.

O Rafael
Enviado por O Rafael em 25/07/2012
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