INSÔNIA
Me pergunto o que tira-me o sono
Que nem rivotril e somalium
Faz efeito.
A vontade de escrever,
O cérebro que não pára,
O pensamento intermitente,
O enterro do sentimento.
A lembrança de outros enterros
De sentimentos semelhantes
Mas não iguais.
Mas sempre
Sentimentos
Enterrados
D
Ó
I
O não sentir mais
O sentimento
Que alimentava,
Alentava,
Fazia viver.
A
I
L
U
S
Ã
O
A
De
Si
Lu
São
A vida louca
As pessoas insensíveis
O brincar
A mentira
O despropósito
A leviandade.
Todas as coisas
Que fazem
S
O
F
R
E
R
O que pensam
As cabeças
Que
Não
Pensam?
A impunidade
Dos que
Se recusam a
S
E
N
T
I
R
Pensam esses
Que jamais
Irão sentir
A
G
R
A
N
D
E
D
O
R
Do enterro do sentimento?
Ah, o coração vazio
A mente cheia de idéias
A vida pela frente
Os planos
O pulsar insistente
Da vida que corre
Fora de nossas janelas.
O clamor
Pela vida
Pelo
C
O
N
T
I
N
U
A
R
Então é só isso?
Tão fácil assim?
Enterramos,
Choramos,
Viramos as costas
E volto à vida.
Cheia de garra,
Cheia de planos interrompidos.
A
Vi
Da
Pul
Sando
Cha
Man
Do
Gri
Tan
Do:
Venha, querida, ainda há muita vida te esperando.
Campos – 01:31 horas – 22 de julho de 2012
(exatamente 4 anos da morte daquele que foi tudo para mim ... meu irmão, meu amigo, meu pai. Maninho, EU TE AMO E TE AMAREI SEMPRE!)