Ode à labuta

Bendita seja a lida do trabalhador...

Na labuta dia após dia e sem esmorecer

É assim que se conhece?

A pergunta é para Deus mas bem pode ser para o patrão:

é assim que se distingue os desígnios divinos?

Trabalhando de sol a sol?

O estertor da morte nem bem deixou o fôlego do trabalhador,

o patrão já coloca outro no lugar daquele que se foi,

sem prantos, sem aborrecimentos,

morreu acabou.

Que foi feito da ternura dos homens?

Existiu alguma vez em algum tempo?

Bendita seja a lida do trabalhador...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 06/07/2012
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