Moldando a Liberdade
Livre, LIBERDADE !
Não quero prisões não quero MolDeSsss
não quero algemas, cárceres moldados
sem emoções, nem falsas sensações.
Eu precisa ser lírico, meu eu-lírico
precisa VOAR precisa viajar sem gaiolas a
me aprisionar, sem correntes a me segurar.
Não sou ressonância, não sou pêndulo, quero asas
brancas, livres sem padrão. Meu céu sobe sobre
meu pés, voo alto com destino a imensidão sem
dimensões, tudo a se perder de visão. Vejo
campos longínquos floridos exalando inspiração.
Vejo os olhos perdidos azuis, verdes claro na
imensidão. Há janelas cerradas trancadas sem
iluminação, o vazio se distorce em meio ao escuro
a abnegação. Vendas e mordaças minha poesia
é sem ostentação. Não quero rimas nem versificação.
Eu quero voz. Gritar em meio à multidão minha inspiração
sem nome, sem ritmo sem nada. Do nada fazer o
poetizar do tudo uma forma de pensar. Meus sonetos
não são quartetos meus tercetos apenas um verso de
liberdade e emoção.
Nos meus versos prefiro chegar, chegando do jeito que
eu quiser chegar. Se vim triste ou cansado, fatigado
vou ficar de tanto padrão, de tanto versejar que
nada tem a dizer se não ser cultuar o ego dos imperfeitos
que querem fazer do perfeito uma utopia real.
Alma livre, poeta sonhador. Sou criador de rimas de amor que
mistura dor, pedra, lixo e flor. Sou filho da Liberdade
imperfeito ser feito na triste realidade mundana que em
forma de expressão singular vem expressar sem formalismos
nem frescuras o dom da criação, o sentido das palavras
a voz que sem nenhum molde jorra do meu coração.