Revoltada...

Hoje eu senti vontade de gritar

Vontade de andar nua...

Pura, insana e sem pitakos!

Insana aos olhos do mundo vazio

Ébrio, vadio, sem poesia, sem fotografia.

Sou bem resolvida:

"Com minhas crias,

Com meu sexo,

Com meu nexo,

Com meu excesso".

Hoje eu quis amar loucamente

Sair por aí sem regra, sem trégua

Chorar de alegria ouvindo a melodia mais brega

Não importando-me com o vizinho frustrado.

Hoje eu quis escrever tudo que sinto de toda essa gente

Cafona de alma, burguesia de merda

Eu sou da periferia, meu nome?- Ousadia.

Cansei dessa sociedade sem igualdade

Sem claridade, sem suavidade.

A maioria não lê e nem sabe porque veio a esse mundo.

Não entendem nada de nada, só sabem caçar nomes...

Farejando feito cão de "raça" pedigree.

Hoje estou revoltada,

Estou carente,

Mesmo tendo dentes,

Pessoas com dentes também podem ficar da pá virada...

Sentir nostalgia, pois bem, hoje é o meu dia.

Mais aos mesmo tempo andar e ficar só, é uma alegria,

Como dizia minha avó:

"Antes só do que mal acompanhada".

Hoje minha poesia está feia

Mal-educada

Sem gentileza

Querendo Rock n’ Roll

Querendo o não lido.

Querendo o para muitos, NADA!

Mas que esse nada faça-me sentir gozo na alma....

Façam meus pés saírem do chão...

Dando-me a mão nessa ilusão pequena...

Pequena para os pequenos, para mim, que sou imensa, grande diferença.

Camila Senna

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 02/04/2012
Reeditado em 30/05/2012
Código do texto: T3589849
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