palavras para o ar
Talvez a poesia não seja a minha carne definitiva.
Talvez seja uma pele que permanece um tempo que depois sai, na altura certa.
Talvez a minha força esteja no meu cabelo e não na poesia.
Talvez seja melhor cortar a poesia da minha cabeça.
Talvez faça um daqueles penteados à skinet e fume uns charros feito de palavras verdes.
Talvez não seja vaidosa ou radiosa como dizem os concursos
quando, na verdade, carrego a poesia desfalecida nos meus braços.
©Ana Maria Soares da Costa
12 de Janeiro de 2007