Sobre meninos e homens
O menino, corre, ri, grita, parece estar em “transe”,
meio desajeitado, meio fora de rumo, mas ainda há um brilho no olhar.
Quem é este menino?
que um dia cresce, vê e “toca” o mundo como uma grande alto estrada.
Estradas , encruzilhadas, interligadas para um rumo onde ninguém pode chegar.
Um homem. Agora ele caminha, ele pensa, ele suspira, ele chora.
Sentado naquele bar, daquela rua fria e vazia, olha pra um nada,
nenhuma sombra de sorriso, a neblina baixa, um vento estático.
Seria um fantasma, se não bebesse demasiadamente seu melhor vinho.
Tudo que o vinho precisa é de uma vítima, fria, calculista, e sem sono.
Quando meninos um sonho, quando homens um pesadelo....
quando meninos tragédias criadas, quando homens desilusões forçadas.
Se meninos correm, já homens fogem,
Quando meninos espelho d’água, homens , uma cara embriaga frente ao espelho.
Se vivos meros sobreviventes, mas quando mortos, um belo túmulo de mármore.