PALAVRAS
Elas podem ser singelas e suaves como uma brisa matinal
Podem, traduzir um mero pensamento e devaneio sentimental
Podem até ter escapulido da falange, de uma forma sorrateira... como ladrão...
Mas ainda podem, sair crispadas, enferrujadas quando do pedido de perdão!
Existem também, as que entram em ebulição e jorram, com uma força descomunal
Se parecendo mais com um vulcão de desejos reprimidos, atemporal
Mas assusto mesmo, com as que passam como um poderoso furacão
Arrasador! Podendo até mesmo, matar e aniquilar, quem esteja no caminho, deste tufão
Não menos mortais; são as que no começo são doces e molhadas, pegajosas
Que se transformam num redemoinho súbito e infernal
Cujo epicentro está sempre ao nosso lado, em águas bondosas!
Mais destruidoras... são, as injustas e mentirosas palavras de baixo-calão; ai, quando deliberadas...
Ainda mais; quando proferidas caluniosamente de um ente fraternal!...
Palavras, palavras... como seria bom, se antes de ditas, fossem criteriosamente calculadas.