INGRATIDÃO E FLORES

INGRATIDÃO E FLORES

Quando a ingratidão nos aborrece

Desanima-nos, corrói e entristece

Podemos buscar na natureza

O entendimento da vida, a nobreza

Em qualquer lugar desabrocham

As flores, e plenas se mostram

Não sabem se serão ignoradas

Ou se mesmo serão admiradas

Nascem até no lodo ou no estrume

As flores, e exalam o perfume

Não se importando se irão amá-las

Ou se um dia quererão cheirá-las

Cumprem então, seu papel

Tranqüilas, felizes, ao léu

Por se darem assim, sem favor

Ao mundo, por puro amor!

Leopoldina, MG, 22 de novembro de 2002.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 20/12/2006
Código do texto: T323689