INGRATIDÃO E FLORES
INGRATIDÃO E FLORES
Quando a ingratidão nos aborrece
Desanima-nos, corrói e entristece
Podemos buscar na natureza
O entendimento da vida, a nobreza
Em qualquer lugar desabrocham
As flores, e plenas se mostram
Não sabem se serão ignoradas
Ou se mesmo serão admiradas
Nascem até no lodo ou no estrume
As flores, e exalam o perfume
Não se importando se irão amá-las
Ou se um dia quererão cheirá-las
Cumprem então, seu papel
Tranqüilas, felizes, ao léu
Por se darem assim, sem favor
Ao mundo, por puro amor!
Leopoldina, MG, 22 de novembro de 2002.