Os Pombos.

Da janela do escritório vejo os pombos,

que seguem a tradição de ocuparem tais

florestas de concreto.

Seu voo corta antenas e multidões,

numa sincronia não muito

sincronizada.

Alguém lhe joga um milho,

outrem, apenas chuta.

Pombos. Passam despercebidos

ou então apenas causam

medo na criança maliciosa

em sua pureza.

Os pombos, tão famigerados,

seguem como humanos, lutando

e brigando pelo pão de cada dia,

procurando um lugar ao sol e um

abrigo à luz da lua.

Se somos a evolução do macaco,

creio que os pombos sejam

a nossa evolução, pois as diferenças

mínimas entre um e outro estão

em que pombos não pecisam de

leite para evoluírem

e de dinheiro para se destruírem.

Assis William
Enviado por Assis William em 03/06/2011
Código do texto: T3011795
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