Da sinceridade
A sinceridade dói.
Dói por que a altivez do brado ninguém deseja ou espera ouvir.
E na verdade tem que doer mesmo.
Por que nada é mais asqueroso que um pensamento expelido
Ignorantemente ou sem a lucidez necessária para uma possível
Aprovação pelo ouvinte que tem uma estima muito grande pela sua audição. O bom ouvinte não deseja poluir sua audição, o bom ouvinte respeita seus pensamentos, por tanto ele é educado auditivamente, logo revidar é uma forma de ataque contra os poluidores auditivos.
Sabe aquele momento em que a carne recebe um corte inesperado
Na hora não se sente dor alguma, só depois é que começa correr o calafrio e o sangue a jorrar. Tome por sinceridade à hora em que o calafrio começa a se expandir por todo corpo. Mas às vezes a sinceridade vem, agarra-se seu braço e te leva para o lado em que aceitar algo é inaceitável.
Ser sincero acaba com o achismo imediato e derruba a carência de certa compreensão, de certo valor amigável das palavras falsas,
do pensar falsamente para estabelecer a reciprocidade
entre um ou mais seres pensantes. Se não queres uma fisgada
nos pensamentos não me pergunte se concordo ou discordo
de tais hipocrisias colonizadas e exploradas pela maioria.
Para quem ousar ter coragem. Acesse.
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