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Vivendo minha pequena prisão domiciliar de calor e inferno,

Procuro treinar meus instintos

Porém eles me traem

Nas minhas veias não há sangue

Apenas ódio e fúria

O meu corpo é um prisão

Na primeira oportunidade, ódio e fúria procuram se libertar

Não entendo como cheguei aqui

A raiva me empurrou pelos anos

Talvez um dia eu apareça nos jornais:

“aquele rapaz arrancou sua própria cabeça!”

Mas eles não sabem que ela range pendurada apenas por um filete de sanidade

Baltho Andarilho
Enviado por Baltho Andarilho em 25/04/2011
Código do texto: T2929819