.x.|. Eu, NaDa: 'AgeRe, nOn LoQui'* .|.x.
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* AgiR, NãO FaLaR.
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Fonemas mudos,
Teoremas sem sentido,
Partos prematuros de ideias surreais...
O que mais? O que faz?
Posso dizer do vinho doce
Ou da velha tecelã na janela
Que tudo é teoria, tudo é tema...
Do nada, nada vem * *
E posso fazer pradarias de pedregulhos
E peso pena de pianos de cauda
Posso fazer salada de letras
E dizer muito, sem nada querer...
Orações que passeiam nas mentes
E, como cimento: grudentas,
Ecoam sonoras vogais fraudulentas
Sobre a graça que há em ler e escrever...
E posso construir palacetes
Aos mendigos mais indolentes
Como se houvessem retas sem curvas
Ou celas sem grades potentes...
Nas letras, na 'fala-lavra' da palavra,
Tudo posso, ainda que me falte
A vontade de desenhar __O PoDeR__,
Difícil é aGiR.
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** ref. LucRéCio