FINAL DE TARDE
Em mais um final de tarde
como tantos outros,
ou quem sabe, o mais desigual de todos,
não saberia como determinar,
saiu andando sem direção,
olhando para
o delicioso encontro de entretons
que se delineavam no firmamento,
entre noite chegando e dia por desaparecer.
Era como um efeito de volta ao passado,
Tantos anos após, e não fazia diferença.
Existia uma saudade camuflada,
embargando a voz, um adeus que
chegou imperfeito e talvez, tardiamente.
Mas havia na disposição, uma sensação de saudade.
O peito já havia se acostumado
com a dorida e apática cor das lembranças,
com o calado pulsar das saudades.
De tudo que ficou... Um pouco para lembrar.
Vitoria Moura 11/6/2010
Ma Vie