CADEIAS DE MEDO

E vagueias pelo pensamento

Oh! Rainha dos medos

Soberana, reina sem acalento

E se retrai esconde-se em arvoredos

Sugere ao pobre uma restia de olhar

Que divaga incensato solto no ar

Sonha e se anima qual criança

E tocar e te sentir eleva a esperança

Olhar longinqüo que se perde

E procura mesmo um arrepio da epiderme

Resiste, luta mas sem forças cede

Ao pebleu que teu amor lhe concede

Saia da couraça que lhe acorrenta

Reuna forças, se lance sem temor

Se permita ostentar a coroa sem pudor

Abra as portas desta masmorra, arrebenta

Adentre ao que teme, não sucumbe

nas garras insolitas desse desamor

prove agora da vida outro sabor

E veja nos meus olhos o brilho do deslumbre