Um Poeta e O Poeta
Um Poeta e O Poeta
Entre 16 e 17 de novembro de 2010
Em uma próxima cidade
Existem dois amigos de mocidade
Que apesar de terem a mesma idade
Divergem em seriedade
Um é o verdadeiro poeta
Romântico, honesto, e responsável
O outro é um rimador malandão
Não merece ser chamado de poeta
Não merece nem uma rima, nem
Uma estrofe regular
O poeta honesto se chama
Com um nome que reflete no espelho
Ele é um rapaz que ninguém ama
É mais conhecido como Poeta Vermelho
O motivo do apelido é desconhecido
Se refere ao poeta da cruz vermelha
Ninguém sabe se a este, ele é referido
Mas todos se lembram, quando ele pisca a sobrancelha
Já o outro poeta sujo
Que de ironia se chama Branco
Ou melhor, Poeta do Colarinho Branco
Tão ladrão quanto políticos
Colarinho Branco faz rimas para seduzir
Moças inocentes e depois roubá-las
É um perfeito canalha, não tem moral
Tudo o que ele faz é frio e banal
Mas o poeta da Cruz Vermelha
Vive com o sorriso ao pé da orelha
Sempre educado e cordial
É um cavalheiro até o final
Ele nunca faz uma dama chorar
Para sua amada, lá sempre irá estar
Não existe distancias para ele e sua bicicleta
Seu amor é sua arma, esse é o perfeito poeta
O Cruz usa suas poesias, para transmitir
Todos os seus pensamentos
E de toda sua criatividade ele irá usufruir
Dedicados á senhorita que roubar seus sentimentos
Mas o Colarinho, só fica á espreita
Nem pede permissão, apenas usa o sexo oposto
E mesmo assim sempre caem em sua lábia
Desde moças ingênuas, até as mais safadas
O pior, não é esse mau poeta o pervertido
E sim a moça que lhe dá ouvidos
Ele rouba, profana e se prostitui
E mesmo assim, consegue as mais belas donzelas
Como ele consegue, ser tão malandro assim?
Mesmo não merecendo rimas em meu verso
Tiro o chapéu para esse mal feitor
Pois se ele é ruim, mais ruim quem o aprova
E o Cruz Vermelha, meu amigo disciplinado
Que não se curva a injustiça, que faz a coisa certa
Ele sempre consegue ser rejeitado, coitado
Será que para ele não há menina esperta?
Pois que tipo de fêmea recusa
Um homem que dos seus sentimentos abusa
Mas abusa, com carinho e respeito
E que não se prende a padrões e preconceito
Ele sempre é o mais compreensível
O mais romântico, o mais sensível
O mais macho que se pode ser
Pois homem é aquele que faz por merecer
Não como esses bobos idiotas
Que só querem moças para curtir
Ou apenas para fazer uma “moral”
E que não dão atenção ás suas parceiras
Esses caras, infantis e sem noção
Que não servem para contemplar sua beleza
Por que você não acorda e sai dessa vida?
De uma chance para o lado sentimental
A vida não se contém no Colarinho
Ele apenas vive de momentos
Não tem planos para o futuro
Ele se prende só no status
Mas você, cara leitora
Que tipo de poeta você prefere?
Aquele que te ajuda a crescer
Ou aquele que sentimentos fere?
Você é a dama mais virtuosa?
Ou a piriguete mais perigosa?
Por acaso és tu a dama do poder
Ou daquelas que só tem a perder?
Helder Henrique do Nascimento Peres