Outro Mundo
Veem senhores, veem o que eu vejo?
Um paraíso, não distorcido por magoas
Completamente composto por amarguras
disposto a seguir numa raiva insana
Um lugar onde todos tem permissão livre
livre de sentir o que sentir
Sem prejulgo
Sem contraindicação
Sem olhares sedentos
Um momento na vida
Onde somos o que somos
Sendo aquilo que somos capazes de ser
Um sopro de vida
Um descanso do destino
Um mundo onde eu amo incondicionalmente
Sem a necessidade de ser amado de volta
Sem egoísmo, sem ressentimento
Sem precisar julgar e ser julgado
Uma dose de realidade a mais
Um conceito novo, lindo de se ver
Um mundo em que quero estar
Até o dia amanhacer
Vindo cá e acolá
Sentando silenciosamente ao lado de alguém
Ouvir as suas mágoas
dar-lhe o ombro
E, dali, sentir apenas o seu desabafo
Sou um assim, um estranho
Neste mundo exíguo
No qual sou julgado por aquilo que não sou
E sonho por um só momento, diferente de tudo