Quilombolas
A tez suada e sofrida
Demonstrava o peso do bordão,
Que do negros prendiam a vida,
Lançados ao catre da escravidão.
A pele escura, cicatrizada e nua,
Sofria a intolerância dos seus senhores,
Que os subjugavam como animais a canga na rua.
Que em muitas noites clamavam em meio a tantas dores.
No quilombo encontraram um pouco de liberdade;
Lutando pela vida, ora escravizada.
Sem conhecerem a terna felicidade.
Quilombolas!
Numa casinha improvisada,
Juntos acreditaram na vitória final.
Quilombolas!
Negros libertos do humano mal.