Pavilhão Feminino da Loucura: Maria

Neste inferno de psicoses

É a favorita do meu coração

E a mais “carismática” intramuros

Tem nome de santa

Todavia, a coisa boa pára por aí...

Ela não precisa mover palha

Ou levantar bandeira,

Emitir grunhido nem palavra

Pra gente sacar

Que é completamente despirocada das idéias...

Sua condição está na cara,

Nos olhos verdes perturbados,

Na sua silhueta engraçada de ogro,

No irretocável cabelo desgrenhado

E recorte torto da boca...

Mas a bomba-relógio ambulante,

Sem “time” certo,

Quando detona,

Bota tudo pra quebrar

Desde cabeças até auto-estimas...

Todo mundo que conheço aqui,

E que não conheço também,

Já apanhou da endemoninhada,

Até ela mesma...

Ela encabeça nossas piores listas

É a suspeita número um, dois, três

Sempre que algum viçoso hematoma

Sobressalta das várias faces da demência...

Um bom conselho sobre ela?

Se você tem algum juízo

Jamais interrompa sua masturbação da manhã...

Da tarde...

Da noite...

Da madrugada...

A não ser que tenha vontade de sentir

A adrenalina de um toureiro

Quando o touro lhe ataca...

Zomer
Enviado por Zomer em 20/09/2010
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